domingo, 15 de fevereiro de 2009

O futuro do pretérito

É interessante ver o futuro retratado em filmes, séries ou livros antigos (inclua ai também HQ's, mangas e o que mais eu estiver esquecendo), por mais que o mundo onde se passa a história seja avançado ele é limitado pela tecnologia da época e a visão do futuro que é passada é quase que uma evolução passiva do presente em que a história que se passa no futuro foi escrita, quase como se não houvesse grandes revoluções nesse futuro paralelo e que a única coisa que ocoreu no mundo para chegar nesse futuro foi o aperfeiçoamento da tecnologia existente no presente que escreveu sobre o futuro.
É até estranho ver que o homem de ferro foi curado de paralisia mas o marcapasso que curasse o seu coraçao foi inventado anos depois dele fazer um mini reator nuclear que tinha quase a mesma função. Ou ver como o sistema de comunicação interno da Enterprise é primitivo e rudimentar comparado com o resto da tecnologia da nave, é até meio absurdo pensar que eles se comunicam acima da velocidade da luz mas nenhum tripulante tem um mísero PDA ou equivalente para fazer tudo que aquele puta trambolho que eles chamam de sensor faz, alias a tendência de miniaturização nunca chegou no universo de star treck, eles eventualmente começam a se utilizar dela mas só na nova geração. Esses são exemplos banais, poderia me estender por horas falando de outros futuros passados de diversas histórias mas prefiro falar do porque disso (ou, pelo menos, do que eu acho disso).
É meio incomprienssivel para mim que esses caras fiquem presos a realidade deles para imaginar um futuro distante, uma coisa que eu gosto de fazer são exercicios de futurologia, tal qual C. Clark fazia (não viajo a ponto de propor um elevador orbital mas va la (:p)), atualmente a única coisa que me veem a cabeça e a gradual convergência de todos os nossos gadgets numa única coisa. Pode parecer óbvio isso mas eu creio que isso só acontecerá quando chegar as telas flexiveis com boa definição e preço viavel, não sei quanto tempo as pessoas ficarão achando graça em fazer tudo pela telinha ultra cool do iphone. Mas voltando.
Esses escritores, talvez (por preguiça e prazos apertados) não estudem o que esta sendo estudado ou em desenvolvimento para ter idéias no seu futuro, apenas caras fodas como Kubrick tem futuros plausiveis ao ponto de você imaginar que talvez seja daquele jeito mesmo. Pensar no futuro como algo utilizavel talvez seja bem díficil, talvez seja intrínseco de nós nos acostumarmos tanto com nosso cotidiano que até nossa visão de futuro fique turva por causa disso. Talvez seja mais fácil criar um futuro familiar com o cotidiano do que pensar nas milhões de possíveis coisas que poderãp ser pensadas no tempo que leva até o presente chegar ao futuro que se imagina. Ou talvez e mais provavel eles nem pensem nisso e só escrevam o que acham legal. E lasers são legais.

4 comentários:

Anônimo disse...

já tinha parado pra pensar nisso, e me lembrei de uma parte do guia do mochileiro das galaxias do livro dois, onde eles vao num restaurante que o espetáculo é toda noite o fim do universo, e eu fiquei horas pensando se no futuro isso vai ser possivel. ou se vamos ter alguma clinica ludovico. ou se vamos andar com roupas de alumínio e coisas estranhas na cabeça. ou se eu vou dar um simulador de realidade pros meus filhos brincarem como a gente joga video game. alias, pra mim o futuro chegou com o wii. xD

Wilson disse...

Pra mim o wii acabou com os videogmes. :p

Leandro disse...

Pra mim, acho que cada escritor consegue acompanhar a evolução do mundo em um ou dois assunto diferentes, e não se preocupa em consultar mais 10 ou 15 espeialistas para peguntar como a área DELES seria no futuro.

Nem me pergunte o que eu acho da medicina e da Biologia dos filmes de ficção...

Wilson disse...

Você deve ter passado um nervoso do caralho ao ver "A Ilha" então, sem contar o "eu Sou A Lenda", "Epidemia" e oputros,

Quase tive um piripaque ao saber do plot do "O Núcleo"... ¬¬ XD