sábado, 17 de outubro de 2009
Pretos, brancos e aliens
Bem, como começar se não deu tempo de raspar meu cerébro do teto do cinema?
Ou melhor, como escrever o texto sem estragar sua experiência com o filme?
O filme conta os eventos decorrentes do primeiro contato humano com aliens (estes que se comportam como adolecentes arruaceiros que são 16 vezes mais fortes que um humano médio). Que são refugiados que vieram para cá por engano e agora estão presos em favelas fortemente cercadas e são odiados pela população em geral.
Bem, antes de mais nada tenho de admitir a metafora é óbvia, ela sabe disso. Filmado sobre a perspectiva de um documentário o Distrito peca na narração em off que esfrega o que rec´em aconteceu bem na sua cara. Mas acho que esse é um defeito menor. Admito que é irritante ver o "depoimento" de um personagem explicanto o que a cena anterior mostrou mas tudo bem. Basicamente o filme é uma sucessão de clichês cinematrográficos não que isso seja ruim, muito pelo contrário tudo (fora a narração) é bem amarrado e construido de forma a ser impactante de certa forma o que me fez gostar muito da pelicula. Os aliens são construídos para serem muito realistas ao ponto de cada um que aparece na tela ser uma criatura única (milhagre dos efeitos especiais (já que o orçamento foi baixo)), eles tem personalidade, traços individuais e tudo mais. o que fortalecem mais ainda a metáfora. E a menssagem principal do filme que é: "Só mesmo aliens que podem fazer um preto e um branco trabalharem juntos em harmonia".
Provavelmente não posso escrever mais nada sem estragar o filme de algum leitor mais descuidado, mas tenho de dizer. Se você é nerd mesmo que não tenha gostado do que eu escrevi aqui vá ver o filme há uma cena feita só para nós e aposto que você vai gostar.
Agora vou lá fazer uma flor de metal para dar de presente para alguém.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Começo com o momento "grammar nazi": D-9 foi filmado *sob* a perspectiva de um documentário.
Agora, meus comentários :P
Acho que a narração em off é um toque muito especial ao filme, porque o choque da quebra de uma cena rápida/violenta/intensa para uma cena calminha num ambiente controlado onde tem um palhaço mentindo pra vc é um exemplo perfeito do tipo de idiotice que ouvimos todos os dias em qualquer jornal/programa político/programação normal da TV. Mas isso realmente vira detalhe na metáfora mais evidente de todos os tempos, a que mostra o jeito mais provável de a humanidade lidar com alienígenas na situação específica mostrada pelo filme.
Pessoalmente, fico torcendo pelos aliens.
Postar um comentário