Na verdade esse não é um post sobre diversão, talvez seja mais adequado dizer que esse texto é de como se divertir. Ou talvez até do tipo de diversão que algo pode oferecer-lhe.
Divertimento é algo muito pessoal, como toda forma de manifestação cultural (aposto que você não achou que eu iria tão longe) a interpretação de algo como divertido depende muito das próprias experiências da pessoa.
É claro, sempre tem aqueles que fecham os olhos e tapam os ouvidos gritando num coro uníssono que algo que eles não vem o minimo de graça ou sentido e o suprasumo do ápice da expressão cultural de determinado negócio (filmes franceses mudos (malditos do inferno)) é de fato muito legal (e por muitas vezes melhor que todo o resto). Por outro lado tem aqueles que passam tanto tempo com o cerébro em standy by que as partes dele responsáveis pela interpretação de qualquer de conteudo útil ficaram podres e caíram da massa cinza inerte onde frivolidades bóiam, afundam e, por fim, se afogam de forma contínua, para sempre dar lugar a uma frivolidade nova e reciclada proporcionada pela "cultura de massa" (ou horror (você escolhe a definição que mais lhe agrada)).
Sabendo da existência de tantos pontos de vistas diferentes é muito interessante imaginar como todos eles olhariam para uma mesma coisa. Sabe uma coisa divertida é algo que pode ser apreciado pelas mais diversas pessoas e apreciadas da mesma forma. Por exemplo, pode-se pensar em Matrix como um filme kung fu bom pra caralho, um ciberpunk básico ou mesmo uma profunda crítica aos dias de hoje falando de virtualização quase que completa de alguns aspectos da vida comum. Eu mesmo basicamente só conheço gente de fora da minha rotina (faculdade em grande parte) atráves de redes sociais, meu small talk são itens que eu compartilho no meu leitor de RSS e minhas piadas são postadas no twitter (junto com meia dúzia de frases soltas e alguns mimimi's).
Todas essas pessoas podem apreciar o filme eu já o vi com o meu cerébro em um copo de água e adorei. Alguns filmes assim são Clube da Luta, Ghost in the Shell, Viagem de Chihiro (só lembro desses (me vem a mente Donnie Darko mas não lembro de pormenores da história dele)).
É lógico que pensamentos desse tipo podem ser expandidos para todos as formas de entretenimento existentes (ok, talvez não em filmes pornôs, mas eu não boto minha mão no fogo por nada).
É lógico que podemos forçar interpretações para quase qualquer coisa, podemos pensar em American Pie como um pastelão qualquer ou como uma severa critica a erotização das gerações mais jovens e as consequêcias dessa erotização precoce em suas relações pessoais. Mas óbviamente pensar assim o tempo todo concerteza não é saudável, nem divertido.
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